Uma laje nervurada é formada por um conjunto de vigas que se cruzam, solidarizadas pela mesa (parte responsável por absorver os esforços de compressão). Esse elemento estrutural terá comportamento intermediário entre o da laje maciça e o da grelha. Segundo a NBR – ABNT 6118:2003, lajes nervuradas são “lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”. Este tipo de estrutura propicia uma redução no peso próprio, bem como um melhor aproveitamento do aço e do concreto. Além disso, as lajes nervuradas podem chegar a vencer vãos de 20m.

Nas áreas de apoio nota-se uma concentração de tensões transversais, podendo ocorrer ruína por punção ou tangencial. Nesses casos, entre as possibilidades que existem, é possível fazer uma região maciça em volta do pilar formando um capitel para absorver as tensões ou executar faixas maciças em uma ou em duas direções, constituindo vigas-faixa.

O exemplo usado é de uma obra acompanhada no primeiro semestre de 2011. A laje nervurada foi usada no subsolo, onde está localizado o estacionamento. Devido a problemas que ocorreram com as fundações do prédio, a laje teve que ser executada em partes, o que facilitou o acompanhamento de sua execução. Foi possível observar a montagem com as formas para lajes nervuradas e escoras metálicas, um procedimento bastante interessante.

O pré-dimensionamento destas estruturas para a determinação da altura da laje, foi determinado pela seguinte equação: h= l/23 a l/28, sendo h = altura da laje nervurada e l = distância entre os apoios (pilares), em centímetros.

O passo a passo construtivo de lajes nervuradas com cubetas plásticas ocorreu de acordo com a seguinte ordem de procedimentos:

1 – Após a finalização do escoramento metálico e do vigamento, foi iniciada a instalação das fôrmas plásticas;

2 – Logo depois, iniciou-se a montagem da chapa de apoio das cubetas (tablado de madeira) sobre as escoras;

3 – As cubetas foram distribuídas sobre os painéis;

4 – As cubetas plásticas foram alinhadas com o auxílio de um sarrafo de madeira. Em seguida, uma faixa de madeirite foi presa na beirada da laje;

5 – As armaduras foram instaladas;

6 – Os vergalhões e os estribos foram fixados;

7 – A laje foi concretada;

8 – Logo após o lançamento do concreto a laje foi sarrafeada e nivelada;

9 – Após 4 dias o escoramento e o tablado de apoio das cubetas foram retiradas, deixando o reescoramento a cada 1,5m²;

10 – As fôrmas foram retiradas;

11 – Esperou-se a cura completa do concreto, aproximadamente quatro semanas, para a retirada do reescoramento. A laje ficou pronta.

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Fonte: Revista Techne