Após ter registrado variação de 0,67% em janeiro, a inflação na Construção Civil desacelera, ficando em 0,42% em fevereiro. A informação foi divulgada nesse dia 23 pela Fundação Getúlio Vargas, que apresentou o desempenho dos preços no setor medido por meio do Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M).
De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de estudos da FGV, a desaceleração já era esperada. Para esse resultado, as maiores influências foram:
POSITIVAS:
- Itens engenheiro (de 1,05% em janeiro para 1,71% em fevereiro);
- Taxas de serviços e licenciamentos (de 2,09% para 2,82%);
- Servente (de 1,01% para 0,43%);
- Ajudante especializado (1,20% para 0,16%);
- Elevador (de 0,26% para 0,56%);
NEGATIVAS:
- Condutores elétricos (de -0,20% para -1,30% em fevereiro);
- Cimento portland comum (de 0,00% para -0,14%);
- Tubos e conexões de PVC (0,31% para -0,20%);
- Tinta a base de PVA (0,42% para -0,32%);
- Tubos e conexões de ferro e aço (de 0,40% para -0,07%).
Conforme os dados divulgados, a parcela referente a Materiais, Equipamentos e Serviços teve alta de 0,40% em fevereiro, ante uma taxa de 0,35% em janeiro. Já a parcela da Mão de Obra teve variação de 0,43% em fevereiro, após ficado em 0,98% em janeiro.
Em 2012, os custos de mão de obra deverão continuar fazendo o INCC-M avançar, enquanto os custos dos materiais de construção desempenharam um efeito contrário. Segundo Ana Maria Castelo, o preço da mão de obra seguirá aquecido em virtude da prevista aceleração do ritmo das obras públicas de infraestrutura, além daquelas do setor de edificações, que englobam o programa Minha Casa, Minha Vida.
“Existe a expectativa de muitas obras a serem entregues referentes à primeira fase do Minha Casa, Minha Vida, além daquelas ligadas à segunda fase do programa, que ainda está no início”, avaliou Ana Maria.